terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pedra Violeta


Caminhando a beira de um rio, onde suas águas batiam forte nas grandes pedras que o completava, pensava naquele que mexera com meu coração, fazendo-me ter esperanças de um dia poder tê-lo em meus braços. Um peralta todo alinhado e cheio de graça que me cordeava todas as manhãs no jardim frente a minha casa.
Eu, garota boba, com alma de menina que não quer crescer, achando muito sem graça e sem diversão essa outra fase que temos que viver, <<>>, estava me deixando levar por tais sentimentos que aquele peralta despertava em mim. Era o que queria; arriscar tudo e ver o que iria acontecer.
E, enquanto eu andava por volta do rio, às vezes parando e molhando meus pés na água, percebi que alguém aproximava-se de mim, então parei.
Olhando para trás e respirando fundo perguntei:
- Quem está ai?
A voz que me respondia naquele momento era a mesma que eu escultava todas as manhãs, no jardim frente a minha casa.
- Linda garota! Ainda mais linda à luz do pôr do sol e nas brilhantes e limpídas águas deste rio.
Meu coração, em tal momento, diante as palavras daquele peralta, não conteve-se de felicidades e me fez abrir um sorriso no rosto.
E quando fui cumprimentá-lo, a surpresa:
- Quero dar-te um presente, tens de aceitar pois ficarei triste se não.
Então, puchando do bolso, mostrava-me uma corrente e nela havia, como pingente, uma pedra violeta. Pedira-me para que estivesse mais próxima a ele, pois fazia questão de pendurá-la em meu pescoço, e assim o fez. Depois disso, dera-me um beijo no rosto e passara-me sua mão em meus cabelos, afim de me fazer um carinho mais próximo.
Meu coração pulsava cada vez mais rápido e meus olhos ficaram estáticos, contentemente, enaltecidos de tanto prazer. Mais propício do que aquele momento não haveria de ter em outra ocasião, para sentir em meus braços aquele que tanto desejava pra mim. Ter seus lábios e minha boca era de todo o anseio que às ultimas noites não deixara-me dormir.
Beijei-o e senti-me em seus braços, <<>>.
Não estava mais sendo uma menina e sim uma mulher!




Dayana Pereira. Eu e as Entre linhas.

terça-feira, 21 de setembro de 2010


Amigas de verdade?


Acredito na amizade verdadeira,
Mais no momento ela me falta!
Sinto saudade do que acontecia...
Conversas paralelas, discussões repentinas,
Gargalhadas gostosas, abraços apertados,
Risos sem graça, choros desesperados...
Ah, minhas amigas...
Dizíamos frases feitas, mais no fundo eram mais que verdade...
Um simples: ”EU TE AMO” se tornava uma grande declaração...
Em momentos de desespero era delas, só delas o meu tempo...
Não tínhamos medo da má interpretação dos outros.
Para nós o que importa é o que sentiamos umas pelas outras...
Saudades de todos os olhares perdidos,
Porem encontrados por amigas de verdade.
Sei que com o tempo ficaremos perdidas entre si.
Quando nossos filhos perguntarem:
-Quem são essas pessoas?

Com muita saudade, porém orgulho, responderei:
-São minhas velhas amigas!”
Com o tempo o contato será mais difícil
Porém em pensamentos estaremos sempre perto!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

...


Só se nós não soubéssemos de nada é que viveríamos num tempo perdido.
-Não gostaria de participar disto,
o que faço?
- Escute a natureza que se encontra
dentro de ti; ouça com atenção o que faz te movimentar.



Dayana Pereira. Eu e as Entrelinhas.

O Castanho é quem matiza


O vermelho que era
triste
hoje é quem conquista.
Segue de flor em flor,
com sede de amor,
mas o castanho é quem matiza.
O azul era todo danado;
Deixava todo o trabalho,
estava sempre cansado
e o castanho é quem matiza.
Com toda a elegância
que ele sempre esbamjava,
o verde se amostrava,
deixava todas sem graça,
mas ainda assim o castanho é quem matiza.
O branco e o cinza
beijavam todas por lá,
seguem por todo lugar,
mas o castanho é quem matiza.
Muitos deles se tem,
e muitas delas também.
E assim sempre será:
O Castanho é quem matiza.




Dayana Pereira. Eu e as Entrelinhas.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Folha Seca'


Não gostaria mais de ser tão frágil;

Espécie sentimentalista,

Vivendo na agonia da insegurança

Julgando todo caminho incerto.


Ter espírito facilmente despedaçado,

Tão débil quanto uma folha seca.

Meu coração feito de cinzas dum papel queimado

Torna minha natureza dificultosa.


Mas com o devido esmero

Venho a ser mais resistente e petulante,

Sem o desfrute especioso

Que faz do meu ser secundário.




Dayana Pereira. Eu e as Entrelinhas.